Amenizar conflitos
- romagon2076
- 24 de mai. de 2023
- 3 min de leitura

Brigar, xingar, menosprezar o outro, envolve conflito interno, incapacidade emocional com a falta de manejo em se criar acordos de ambas às partes.
É fato que pessoas raivosas acabam sendo agressivas consigo mesmas e com os outros.
Depreciar o outro equivale em tentar encobrir o que despreza em sua própria vida. Menospreza-se o outro para se sentir maior em sua pequenez. Xingar o outro pode gerar um alívio momentâneo, mas que deverá ser repetido constantemente até poder gerar prejuízos mais graves, como um câncer no intestino (como as pessoas enfezadas).
Há homens e mulheres que agem sob este comportamento sombrio, inconsciente, por estarem desconectados de seus aspectos opostos internos, como a anima – aspectos do feminino no homem e o animus- aspectos masculinos na mulher. Aspectos que ajudam na interação psíquica dos tipos psicológicos como o pensamento, o sentimento, a sensação e a intuição.
Desde os primórdios que existe a convivência entre o homem e a mulher, cada um aprendendo com o outro, mesmo sem a intenção, mesmo de modo inconsciente. O papel social masculino e feminino foi sendo construído por uma necessidade imposta pelo ambiente externo. Nos primórdios o homem saía para caçar enquanto que a mulher cuidava dos filhos e do lugar em que viviam - podemos até imaginar uma garota que fosse caçadora, por gostar de ver os homens nessa atividade - , cada um cumpria uma função, um sabia acender o fogo, ou em cozinhar, uma pessoa mais velha gostava de contar histórias, enquanto que a outra cantava ou dançava. Nesta interação longínqua, tanto a mulher quanto o homem contêm em si caraterísticas, sofrem influências, um do outro. Características estas que Jung denominou como anima e animus. Lembrando o mito de Adão e Eva, Eva foi criada através da costela de Adão, ela só surgiu por que existia o feminino em Adão, como uma semente de maçã em que gera maçã. Pessoas que desvalem de uma mulher ou de um homem estão quebrando, ou já quebrou, a interação com sua própria história, rompimento que dá ênfase aos aspectos sombrios negativos (Ver arquétipos da sombra em meu blog).
Todo homem relacionado com a sua anima, consegue agir no ato de cuidar, de intuir sobre alguma coisa, estar atento nas variadas manifestações do dia a dia e de sentir afinidade por alguém. Toda mulher que interage com seu animus pode “caçar” oportunidades, consegue enfrentar os desafios no trabalho, impor respeito quando necessário, apresentar atitudes de ordens, ou ser agressiva para se defender.
Lembrando a psicologia social: “Todo sujeito é construído social e historicamente”. Todas as atitudes têm seus motivos. Qualquer indivíduo se desenvolveu, aprendendo, ou de modo imposto, ou por imitação, com suas famílias, seus educadores ou mesmo por meio de amigos e pelas artes de entretenimento.
Para quem deseja se livrar do comportamento hostil, deve começar a se conhecer indagando a si próprio sobre “um mau humor que o acomete e da qual não consegue livrar-se”,[1] expressar seus sentimentos (comece aos poucos, por mais difícil que possa ser), reconhecer os próprios erros, aceitar e avaliar com cautela críticas de outras pessoas.
Assim como, ser capaz de se relacionar com qualquer pessoa, valorizando-o, respeitando opiniões adversas. Cultivar boa Arte*, fazer exercícios físicos para soltar as energias, ler e refletir sobre, ser descontraído, conversar com a família e com os amigos. Tudo isto ajuda “a ser uma pessoa muito mais evoluída" [1] e não ficar jugulado pela energia carregada como o arquétipo da sombra negativa.
O ser agressivo denota fraqueza, desespero.
Quer ser uma pessoa forte? Seja gentil com o outro.
"A anima e animus são figuras arquetípicas, o que significa que elas não podem simplesmente ir-se embora e desaparecer da vida de cada pessoa, mas agem como parceiros permanentes, nos quais precisamos encontrar alguma forma de relacionamento, por mais difícil que isso possa ser. Se ignorarmos ela se volta contra nós e mostra seu lado negativo, se a aceitamos, a compreendemos, o alvo de relacionamento positivo tem de aparecer." [1]
Diante da dificuldade em provocar mudanças internas uma das opções é procurar um Psicólogo qualificado que trabalha com a escuta e a acolha no processo dialógico clínico.
* Informe-se sobre a mudança que gera os trabalhos culturais nas periferias , por exemplo.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
[1] SANFORD, J.A. Os parceiros invisíveis.
Até a próxima!

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