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Disposição à atitude

  • Foto do escritor: romagon2076
    romagon2076
  • 12 de mai. de 2023
  • 3 min de leitura

“A dor é inevitável, a forma de sofrer é opcional” – Waldemar Magaldi Filho*


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Todo comportamento está inserido num histórico de vida. Agimos e mal damos conta sobre os motivos para agirmos de certa maneira, ou dificilmente indagamos sobre se o nosso comportamento é de modo pessoal ou efeito da conduta coletiva.

Há pessoas individuais (não necessariamente pessoas narcisistas ou antissociais) e existem pessoas que se identificam com o comportamento coletivo** acreditando nas ideias da maioria e a preferir a convivência em grupo. Ter momentos só seu e momentos sociais são importantes e saudáveis, mas todo comportamento ao extremo sempre gera problemas. Por exemplo, há pessoas que se afastam até de seu grupo mais próximo e se sentem seguras e confortáveis somente ao estarem sozinhas, ou aqueles que têm dificuldades de ter opinião própria ou de reconhecer e valorizar uma psicologia diferente da sua, por serem incapazes de pensar e sentir de outra forma que não seja o que acredita e vivencia como seu mundo “real”.

Pessoas que aderem ao novo, ao diferente, que procuram se ouvir e interagir com os outros com empatia se desenvolvem melhor enquanto seres humanos. Aderir ao novo é como aprender uma língua diferente da sua, basta lembrar a frase de Goethe: “Quem não conhece línguas estrangeiras, não sabe nada da própria”. Lidar com o outro é conhecer a si próprio.


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Segundo Jung, mudar de atitude requer disposição, [1] energia nem sempre fácil em estimular, principalmente se mais enraizado uma atitude estiver. Um trabalho adequado, como em psicoterapia, pode favorecer em compreender, e melhor, agir, ter a necessária atitude para integrar ações, sentimentos, intuição, saberes, na tentativa em unir o que pode estar dissociado, amenizando conflitos ao assimilar os conteúdos do inconsciente.

Descobrir a causa da dor como o trabalho etiológico na anamnese de Freud, ou mudar padrões de comportamento como no trabalho da terapia cognitiva-comportamental também pode ser o caminho. Mas, “a neurose, ou qualquer conflito psíquico, depende muito mais da atitude pessoal do paciente, do que da história da sua infância... Na verdade, o conhecimento das causas é de tão pouca serventia como, por exemplo, o conhecimento exato das causas da guerra”.... “A tarefa da psicoterapia consiste em mudar a atitude consciente e não de correr atrás de reminiscência submersas da infância”.[1]

Cada pessoa tem gostos diferentes um do outro - alguns tendem mais ao tipo psicológico pensamento, outros ao sentimento, a percepção ou tendem ao tipo intuitivamente - podemos torcer para times diferentes, gostar de estilos musicais diferentes, uns tem alergia de mesmos remédios que outros reagem bem - contudo, gerar novas atitudes “precisa ser contínua, pois nossa vida está em constante mudança exigindo novas adaptações”. [2]

Atitudes ligadas aos conflitos podem levar meses e até anos para serem apaziguados, afinal foram-se anos para a construção até a manifestação neurótica. Na psicoterapia algumas pessoas conseguem resolvê-la e outras conviver pacificamente com elas como se fossem cicatrizes*** e este processo é individual, iniciando com um profissional qualificado, e não coletivo com achismos e conselhos rasos repetidos a esmo pelas ruas****.



* MAGALDI FILHO, W.M. : Acesso em Fev/2023


** Veja sobre o homem individual-genérico em: JUNG, C.G. A prática na psicoterapia.


*** Sugiro a pesquisa sobre o Curador ferido que psicólogos escreveram e sobre o mito de Quíron que se tornou um grande curador ao ser gravemente ferido.


**** A noção coletiva aqui não se trata do avanço do conhecimento por grupos e pessoas estudiosas e as doutas na sabedoria humana.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


[1] JUNG, C.G. A prática da Psicoterapia. [2] JUNG, C.G. A energia psíquica.



Até a próxima!




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