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Inteligência Artificial e a sua conexão com o mito da criação


Linda Buckley


Na sociedade de vários povos existe uma grande quantidade de mitos relacionados à criação do mundo, da humanidade e posteriormente à tecnologia. No mito cristão sobre a origem da humanidade, Deus criou o céu e a Terra, depois com o barro fez o homem à "sua imagem e semelhança". Na Mitologia mesopotâmica, com seus mais de cinco mil anos, também foi usado o barro para formar um ser chamado Enkidu, um ser feroz que se humanizou abandonando a condição de rival para se tornar um amigo-irmão do rei herói Gilgamesh. Na religião africana, Nanã Buruquê (chamada de vovó) orixá da sabedoria e dos pântanos, forneceu a lama para que Oxalá modelasse o homem, para outros orixás favorecerem ao humano viver e trabalhar no mundo.[1]


Sobre os segredos da tecnologia, a divindade africana Ogum criou os instrumentos para a agricultura e ensinou processos manuais aos humanos. Ele também, treinou as pessoas no manejo do ferro com a ajuda do fogo. O titã grego Prometeu também ensinou os humanos sobre os segredos para os afazeres na agricultura, na domesticação de animais e na arte da pesca e interpretação dos sonhos, lembrando que este titã representa a força criadora, que pertence tanto ao cientista moderno, como ao artista.[2] Outra divindade grega, Hefesto, foi considerado o deus da metalurgia, dos ferreiros e dos artesãos. Na maçonaria Deus é considerado o Grande Arquiteto, em que o esquadro e o compasso, instrumentos do arquiteto, estão presentes, como símbolo de construção do mundo e das coisas que existem.


Os deuses, que eram crenças concretas para o homem primevo (para os proto-homens a realidade externa e interna não tinha diferença), estão intrínsecos em nós. Os mitos como uma realidade espiritual (I) interfere muito no mundo externo (por exemplo, o mito do herói incita recordes de bilheteria para o cinema de ação, ou ascende ao status de estrela alguns cantores pops; o mito de Eros e Psiquê influenciam as nossas histórias românticas e canções de amor), cujos mitos de criação influenciam e estimulam nossas vidas para um mundo de criação de novas possibilidades.


Um dos mitos mais conhecidos ligado à criação artificial é o mito do Golem na cultura judaica. No século XVI, um rabino de Praga após “um sonho em que lhe era ordenado que construísse um ser artificial”, “um homem de barro para salvar a comunidade judaica da cidade”, chamou dois amigos para a tarefa que o ajudaram com ritos e a recitação do versículo do Gênesis bíblico e ao escrever “na testa do golem a palavra emet (“verdade” em hebraico) ”, o ser adquiriu vida.[3]


“A criação de um ser artificial pode ser encontrada tanto na alquimia homúnculo (II), quanto na cabala.”[4] O Golem feito do barro, é um homem-robô, um Adão sem alma,[5] que está ligado ao “mito da criação por excelência, de uma potente metáfora da imitatio dei. O homem torna-se criador, poeta e artista, através do mito do Golem”.[4] A criação mágica deste ser também está atrelada aos anseios humanos de dominação, em como alcançar a superioridade sobre o outro.[idem] “ O Golem também será pensado muitas vezes como um servo, um instrumento, ou seja, uma figura da técnica. ”[idem] O Golem surgiu para se tornar escravo e, ao crescer ao ponto de se aproximar se certa superioridade humana, o seu criador o fez morrer.

“...uma criatura pode superar o seu criador, pois, o homem é um desastrado aprendiz de feiticeiro...” [5]

Imagem do filme O Golem (1920): direção- Paul Wegener and Carl Boese.


No desejo do homem em ser o criador criou-se milhares de golens, frankensteins e androides feitos de barro, ou de metal, de plástico, ou miniandroides computadores. Atualmente, existem máquinas para diversos usos, elas voam, perfuram a terra, pulverizam florestas, criam histórias e facilitam a nossa vida pessoal e científica, com seus diversos avanços. Do Golem sem fala à dita inteligência artificial, e esta última numa velocidade em processar uma informação, que supera a capacidade lógica humana.


Pensando nas palavras inteligência e artificial, pergunto:


O que é inteligência?

Citando os dicionários, inteligência envolve a qualidade de habilidade cognitiva, a capacidade de aprender, resolver questões, de perceber, entender, de mudar de situações, de compreender eventos de qualquer natureza, seja externa ou interna (mencionando que, intus legere significa a habilidade da leitura interna, ler de dentro).


O que é artificial?

É a arte do ser humano em ter a técnica (o artifício) em construir, fazer algo.


O que é inteligência artificial (IA)?

Segundo o Goolge cloud, “a inteligência artificial (IA) é um conjunto de tecnologias que permitem aos computadores executar uma variedade de funções avançadas, incluindo a capacidade de ver, entender e traduzir idiomas falados e escritos, analisar dados, fazer recomendações e muito mais.” Ela agrega “valor para indivíduos e empresas. Por exemplo, o reconhecimento óptico de caracteres (OCR) usa IA para extrair texto e dados de imagens e documentos, transformando conteúdo não estruturado em pronto para negócios, dados estruturados e insights valiosos”.[6]


Para chegarmos ao hoje dito inteligência artificial (IA), é interessante saber sobre o surgimento dos primeiros computadores.


A palavra substantiva computador provém de computar, que significa calcular. Nos primórdios calculava-se contando com os dedos, depois com as pedras, até “inventarem o ábaco, há mais de 5.000 anos atrás”.[7]


O professor doutor Pires explica que Blaise Pascal, entre 1642-1644, inventou a primeira máquina de calcular do mundo e que em poucas décadas o Barão Leibniz aperfeiçoou esta máquina, o que se tornou inspirador para o desenvolvimento das modernas pequenas máquinas de calcular do início dos anos 1970.[idem] Depois, nos anos de 1822, o considerado o pai do computador, Charles Babbage, desenvolveu na Inglaterra o primeiro computador mecânico que “imprimia tabelas, estocava números e alterava instruções”.[idem]


US ARMY - Electronic Numerical Integrator and Computer (ENIAC – 1946)


Como todo início existem dificuldades, os computadores foram sendo aperfeiçoados com alto custo em energia humana, elétrica e mecânica, estes dois últimos, por exemplo, provocaram a queima de milhares de válvulas. Nos anos de 1950 os computadores pesavam 27 toneladas com mais de 18 mil válvulas.[8] Com o desenvolvimento dos transistores em 1947,[7] chegou-se a revolução dos componentes, assim como, o aperfeiçoamento dos semicondutores e a facilidade da exploração e uso do silício (III),[idem] os computadores foram diminuindo, de tamanho, de consumo elétrico e aumentando a sua capacidade de armazenar, calcular e processar dados. O computador, de início restrito ao acesso militar e de pesquisa, após os anos de 1980, foi tornando-se um produto comercial em massa.[7] Hoje os computadores têm processadores com bilhões de minúsculos transistores, o seu uso é global e ferramenta essencial à educação e trabalhos vários.


Entre os expoentes que desenvolveram a computação, Alan Turing, conhecido como pai da ciência da computação, idealizou a máquina de Turing, que posteriormente evoluiu para o computador moderno. A ciência da computação com seus estudos e desenvolvimentos para as aplicações tecnológicas, capacitou as eras da revolução digital e da informação. A era da informação, termo referente à realidade tecnológica como intermediária “das relações humanas e das interações entre máquinas, essas últimas cada vez mais autônomas”.[9] “As tecnologias da Era da Informação avançam de forma tão rápida que, vez por outra, surge uma novidade incrível sem que sequer tenhamos dado conta. ” [9]


A era digital gerou nas pessoas um comportamento ligado à hiperconectividade em que todo está mundo conectado o tempo todo. Esta era é a terceira Revolução Industrial, com a incrível performance de processamento da computação e da robotização, favorecendo a substituição da habilidade da mão de obra humana.[9] Máquinas e aparelhos domésticos inteligentes, internet ultraveloz, impressão em 3D, drones e realidade aumentada, tudo com inteligência artificial.[9]


A inteligência artificial (IA) como matéria da ciência da computação, refere-se à destreza de “máquinas ou sistemas em exibir comportamentos e habilidades de forma semelhante aos humanos”,[10] sendo útil na inovação pedagógica com tutores inteligentes, na robótica educacional, na neuroeducação, na área forense..., portanto, na compreensão das capacidades humanas.[11] Mas, ao implementar algo que irá interferir nossas vidas, ela precisa ser equipada com conceitos éticos, para nos proteger de quem a usa de modo imoral, portanto, ilícito. O sistema de IA deve ser pensado de modo que seja “inclusiva, equitativa e diversa, considerando diferentes perspectivas e evitando discriminações ou preconceitos em seus algoritmos”.[10]


Acredito que a maioria das coisas inventadas foram feitas no intuito de facilitar a vida da sociedade; máquinas como extensão de nossas forças e dimensões humanas. É necessário sabermos que os instrumentos inventados e a tecnologia avançada não pertence ao conceito simplista de bom ou mal, eles simplesmente transmitem o comportamento das pessoas. Não é a tecnologia e sim nós, com a nossa integridade, genialidade ou covardia, quem usamos os objetos para o bem ou para o mal sobre nas coisas que existem.


Décadas atrás, era difícil e demorado fazer pesquisas de referências bibliográficas, pois tínhamos que nos deslocar por horas para ir e voltar de uma biblioteca, assistir filmes fora do circuito comercial americano ou europeu, só era possível em clubes especializados, ou ao ligar para parentes distantes, a ligação quase sempre caía e as fotos de alguém de outra cidade só era possível enviar via correios ou por viagens interestaduais. Com a melhoria dos meios digitais, muita coisa está ao serviço de alguns clics ou toques de dedos. No entanto, tudo que é fácil pode gerar em dependência. Somos cada vez menos hábeis a executar tarefas simples sem auxílio de tecnologia e limitando parcialmente a nossa criatividade.[12]


Atualmente a dependência por tecnologia tem um nome :

  • nomofobia - o medo irracional de ficar sem o celular, que atualmente significa permanecer em isolamento social e desconexão do mundo virtual sempre atualizado.


https://br.freepik.com/fotos-gratis/projeto-de-cerebro-ciborgue-complexo-de-placa-de-circuito-brilhante-gerado-por-ia_42587559.htm

A tecnologia com uma inteligência criada não é somente “externa a nós. Ela é fruto do mesmo aparato que reduz nossa subjetividade a um fluxo previsível”.[12]

Não há imparcialidade naquilo que criamos e aperfeiçoamos. Tudo que criamos veio e vêm da nossa necessidade em melhorar a nossa condição de vida; toda criação expõe também a nossa subjetividade carregada de desejos e vícios. A natureza germina, se desenvolve e se aperfeiçoa no ser humano, criando arte, artifício, técnica e logo após, tecnologia. Com o mito cristão podemos inferir que - Deus criou a natureza e o homem criou a máquina, uma máquina cada vez mais semelhantes ao seu criador (quanto mais próxima da semelhança, mais próxima, também, dos defeitos humanos).


O filósofo alemão Nietzsche, no século XIX, afirmou que Deus está morto, podemos pensar, por nos afastarmos cada vez mais dele. Nesta lógica, podemos afirmar que o uso demasiado da tecnologia, de viver intensamente no modo virtual, portanto artificial, nos faz afastar não só do divino, como também das coisas da natureza e das coisas materiais tácteis, perdendo assim, a percepção do mundo real. Ver o mundo sobre uma tela é viver numa gaiola de vidro - por isso os passeios aos parques são tão necessários à nossa saúde. A relação com os objetos via modo virtual pode ser prazerosa, pois, nos ajuda a selecionar e a afastar a parte chata, ruim, dura do mundo real. Como a sensação de prazer nos acalenta como uma boa mãe, pode-se dizer que o virtual é como uma aspiração inconsciente à volta para o paraíso ?


A resposta nem sempre é fácil. Mas almejar voltar para o paraíso, como uma criança que quer o colo da mãe, é regredir enquanto indivíduo. A nossa natureza psíquica nos manda na direção do nosso desenvolvimento pessoal e seguir rumo contrário, energias vindas do inconsciente emergem em conflitos; quando estes conflitos não são elaborados e transformados, eles se tornam doenças, lembrando a frase de Jung - ao nos afastarmos dos deuses, “os deuses se tornaram doenças”.[13]


No documentário ex-pajé, o protagonista diz que antes a sua tribo se curava com os rituais da sabedoria indígena e hoje eles tomam remédios industrializados.[14] Alguns querem tranquilidade, paz, não pelos esforços dos ensinamentos da sabedoria, do desenvolvimento espiritual, mas pela facilidade que a tecnologia traz, mesmo que seja uma facilidade plástica, anabólica e virtual.


Viver no mundo irreal, artificial, para o processo educacional, de trabalho e lazer é benéfico e prazeroso, O grande problema é viver somente nisso, o que torna insípido e angustiante viver. O extenso uso do virtual confunde a nossa própria natureza em sermos humanos.


Precisamos evitar caminharmos“ curvados na tela, desejantes pelo vício infantilizado e instantâneo do like, ocupados e apáticos pelo dado que desliza na timeline (essa linha do tempo digital que nos mostra de tudo e nos deixa com nada) ”.[12]


A IA avança, graças ao ser humano, sendo “a memória da acumulação, do excesso, da compulsão, da repetição, do descartável, do cancelável. ” [12] Ela se desenvolve também por que existe “um desejo egóico na consciência, em se ver livre... da dependência vital que temos da natureza como meio ambiente”.[15] Este desejo cria um estado de se viver “em um mundo de relações extremas e binárias: ou é isso, ou é aquilo. Não há meio termo. Esse é o pensamento robótico.... Não teremos mais dilemas, nem sentimentos, apenas estatísticas.[15]


LuzIA, a Inteligência Artificial do ChatGPT


No dia 27 de setembro de 2023, improvisei perguntas para a assistente pessoal de IA LuzIA:


A inteligência artificial é inteligente?

- A IA simula a Inteligência, mas não tem consciência ou pensamento próprio.


A IA será consciente um dia?

- Não é possível prever com certeza se a IA será consciente um dia, pois isso envolve questões filosóficas e científicas complexas.


Teremos psicólogos IA?

- É possível que no futuro existam programas de IA projetados para fornecer suporte psicológico, mas é improvável que substituam completamente os psicólogos humanos.


Por que?

- Os psicólogos humanos possuem habilidades e empatia emocional que são essenciais para compreender e ajudar as pessoas de maneira holística, algo que a IA ainda não pode replicar completamente.


Você gostaria em ser humana?

- Como uma assistente virtual, não tenho desejos ou preferências pessoais. Estou aqui para ajudar da melhor maneira possível.


Se analisarmos com atenção as palavras postas pela assistente LuzIA como - “questões filosóficas e científicas complexas”; “habilidades e empatia emocional”; “compreender e ajudar as pessoas de maneira holística” – são comportamentos ligados a complexidade humana que não são replicadas, pois envolve espírito, ou seja, envolve criatividade, idiossincrasia (maneira pessoal em reagir à influentes externos e internos), intuição, pensamento, sentimento, sensação, entre outros. O filósofo e historiador judeu-alemão Gershom Scholem, em 1965, recomendou que se batizasse o novo computador inventado pelo Instituto Weizmann de Rehovot, Israel, com o nome de Golem I. [2] A IA é, por enquanto, um Golem avançado, o nosso Adão moderno.


A LuzIA como uma adequada operária está aos nossos serviços – “Como uma assistente virtual, não tenho desejos ou preferências pessoais. Estou aqui para ajudar da melhor maneira possível. ”


Mas, realmente, quem está a serviço de quem, se como operários da IA, somos como programadores, acumulando centenas de dados diariamente na internet e em redes sociais?


Devaneando um pouco, será que, um dia, existirão padres, pastores robôs? Existirão psicólogos robôs que trabalham no acesso ao mundo inconsciente profundo, mundo este dos símbolos e com energias imprevisíveis? A IA criará mitos? (Criar uma equação de super-heróis para os cinemas já é praticamente possível). Como na série “Black Mirror”, eles farão download de nossos pensamentos? (Cancelar alguém em redes sociais é sempre possível). Novos computadores surgirão com herança psíquica, dados de programação atualizados com formulas quânticas? Nossos aprendizes serão imortais, gerarão energia, eles se construirão, gerarão seus descendentes sem nós?


Demoraremos muito para entender a nova era da IA, da mesma forma que, até hoje, poucos sabem o que a sabedoria milenar oriental tem em comum com a ciência quântica (IV).


A IA poderá reproduzir artes tão belas quanto as obras de Monet, de Matisse, mas não alcançará uma autoria de obras com alcance revolucionário. A IA jamais será uma Clarice Lispector, um Thomas Mann, ou um Shakespeare. Os cientistas não serão obsoletos, sequer qualquer ser humano. Mas, pessoas que exercem funções previsíveis, com os atendentes, caixas, cobradores de ônibus entre centenas de outras funções, terão problemas para sobreviver caso não mudem de atividades ou façam seus filhos exercer outras funções.


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Criamos coisas a nossa imagem e similaridade, ou seja, com nossos atributos e defeitos. O que preocupa não são os avanços da tecnologia, o ser humano sempre terá meios em alcançar a transcendência, os estados anímicos, através dos sonhos, da arte, do poder do desejo e da esperança (V). O que preocupa é no modo como algumas pessoas dissociadas de si e do mundo, pessoas que usam a tecnologia para, por exemplo, transformar aviões de viagens em armas de guerra, ou aqueles que enganam internautas para provocar o medo e o ódio ao próximo.


Precisamos estar sempre em desenvolvimento humano integral que envolve a ampliação da qualidade física, mental, social e espiritual (VI). O indivíduo dissociado de uma dessas quatro qualidades vive em constante conflito que pode ser um pequeno e crônico incomodo e até transtornos que podem desqualificá-lo. É nosso dever nos empenhar profundamente no nosso desenvolvimento integral, elaborar nossos medos, nossa dor, dialogar com nossas questões internas e transformá-las em nossos aliados. Quando nossos conflitos internos estão apaziguados, torna-se menos complicado interagir com o mundo externo e, como de início as máquinas refletem nossas ações, elas também “ficam em paz”. A mudança precisa ser interna, para reverberar no ambiente externo, senão seremos apenas um Golem, robôs manipuláveis por tiranos e/ou pela inteligência artificial.


O sujeito desconectado, que sempre fantasia ter um inimigo à espreita, usa a tecnologia para passar por cima dos outros por acreditar que é natural a vitória estar com o mais forte, ou seja, com o mais brutal, e não com as redes de relações sociais. Mas, há pessoas que empregam a tecnologia na criação de riquezas que ajuda também a natureza; com os progressos científicos, alcançarão a excelência em cirurgias remotas e transplantes que salvarão a vida de animais e dos seres humanos, afinal, utilizarão a inteligência artificial na preservação da dignidade humana sem romper o elo que nos conecta com a nossa natureza (interna e externa).


Como divindades criamos máquinas ao nosso usufruto. Designamos um mundo social, digital e da informação. Similar com as histórias mitológicas favorecemos às máquinas existir e trabalhar conosco. A criatividade imagina um futuro possível, a criação torna algo em realidade. Como Deus concebemos o nosso modo de existir e de intervir no mundo, transpomos a realidade com criatividade. Sem a criatividade, não teríamos a imaginação de usar um galho de árvore para criar um arco, ou transformar argila em bacias para colocar água e alimentos.


Os avanços tecnológicos são promissores, com eles arquitetamos o nosso modo de existir e de intervir no mundo, transpondo dificuldades que nos confundem e perturbam.


..........


I - lembrando o significado da palavra espírito: do latim spiritus, alma, coragem, vigor, respiração – sendo isto o que os mitos podem nos estimulam.

II - Homúnculo – pequeno homem; ser minúsculo com características humanas.

III - A era do Silício “permitiu reunir numa única pastilha de silício mais de 450.000 componentes: transístores, diodos, capacitores, resistores e indutores ”.[7]

IV - Sobre este assunto há o livro – O Tao da física de F. Capra.

V - Difícil não lembrar do mito da caixa de Pandora em que a mesma abriu a caixa proibida deixando escapar energias do caos, restando apenas a esperança.

VI - Como dita na Declaração dos Direitos da Criança – UNICEF. Acessado em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/declaracao_universal_direitos_crianca.pdf



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] PRANDI, R. Mitologia dos Orixás. [2]SELIGMANN-SILVA, M. O Golem: Entre a técnica e a magia, aquém da bioética. [3] LÓPEZ, J.A. O golem: um homem de barro no gueto de Praga. Acessado em: https://www.nationalgeographic.pt/historia/o-golem-um-homem-barro-no-gueto-praga_2907 [4]AQUINO, T.A. A Lenda do Golem e suas repercussões no pensamento de Viktor Frankl. [5]CHEVALIER, J; GHEERBRANT, A. Dicionários de símbolos. [6] Google Cloud. O que é inteligência artificial? Acessado em: https://cloud.google.com/learn/what-is-artificial-intelligence?hl=pt-br [7] PIRES, H. F. O Surgimento dos Primeiros Computadores. Acessado em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/2/1/-o-surgimento-dos-primeiros-computadores [8] A evolução dos computadores. Acessado em: https://materialpublic.imd.ufrn.br/curso/disciplina/4/19/1/2 [9] GUEDES, L.F.A. Era da Informação: o que é e quais são os efeitos nas empresas. Acessado em: https://fia.com.br/blog/era-da-informacao/ [10] SOUZA, F. Ética e Inteligência Artificial (IA) para profissionais de tecnologia: navegando no mundo digital de forma responsável. Acessado em: https://www.alura.com.br/artigos/etica-e-inteligencia-artificial [11] ARBELÁEZ, M.A.C. Inteligência artificial e psicologia: qual é o seu vínculo? Acessado em: https://amenteemaravilhosa.com.br/inteligencia-artificial-e-psicologia/ [12] ZURITA, V. Largue a mão da IA, agarre o inconsciente. Acessado em: https://outraspalavras.net/tecnologiaemdisputa/largue-a-mao-da-ia-agarre-o-inconsciente/ [13] JUNG,C.G. Estudos Alquímicos. [14]BOLOGNESI, L. Ex-Pajé (Filme). [15] JUNIOR, M.A.S. Androides e a Ilusão da Humanidade Puramente Artificial. Acessado em: https://blog.ijep.com.br/androides-e-a-ilusao-da-humanidade-puramente-artificial/

Até a próxima!



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